Dog Mosquito

Animais de companhia felizes e saudáveis: a Leishmaniose canina

A Leishmaniose canina é uma doença parasitária causada por um protozoário, Leishmania infantum, que se transmite pela picada de mosquitos do género Phlebotomus. Não se transmite diretamente de um animal doente ao Homem, mas apenas pela picada do inseto (flebótomo), afetando habitualmente indivíduos com o sistema imunitário deprimido ou imaturo, nomeadamente crianças.

Esta doença é endémica em Portugal. A atividade destes insetos é principalmente noturna, estendendo-se do entardecer até ao amanhecer.

Em Portugal, os flebótomos estão ativos entre os meses de maio a outubro, dependendo das condições climáticas.

A sintomatologia é muito variável, mas existem vários sinais clínicos que podem estar associados a um quadro de Leishmaniose entre eles:

  • Emagrecimento, fraqueza geral, apatia e febre;
  • Lesões cutâneas, não pruríticas, nem dolorosas;
  • Queda de pêlo e seborreia seca nas orelhas, zona periocular, extremidades e dorso;
  • Crescimento exagerado das unhas;
  • Dermatites ulcerativas no prepúcio e na boca
  • Corrimento nasal sanguinolento

A prevenção deve incluir a aplicação de um inseticida tópico de ação prolongada durante todo o período de atividade dos flebótomos. Além disso, a vacinação deve ser considerada como uma abordagem multimodal. Os inseticidas tópicos de ação prolongada aplicados em cães que vivam ou viajem para áreas endémicas devem ser mantidos durante todo o período de potencial exposição e/ou atividade dos flebótomos:

  • Formulações em “spot-on” (solução para unção punctiforme)
  • Coleiras impregnadas com deltametrina ou contendo flumetrina previnem as picadas de flebótomos.