Orquestra Sem Fronteiras trouxe o ritmo do Brasil à Cerâmica Arganilense
Com o talento e sensibilidade musical a que já habituou o público, a Orquestra Sem Fronteiras, reuniu-se na Cerâmica Arganilense no passado sábado, para um arrebatador concerto dedicado à música brasileira, num espetáculo que destacou a riqueza cultural e a diversidade rítmica que marcaram a evolução do samba.
Sob a direção musical do Maestro Martim Sousa Tavares, o espetáculo conduziu o público numa viagem pelo universo vibrante da música urbana brasileira, desde o século XIX, quando o samba começou a despontar através da fusão de influências europeias e africanas, até ao século XX, altura em que se consolidou como um dos principais e mais populares símbolos da identidade cultural do Brasil, hoje, Património Cultural Imaterial.
O programa incluiu referências a outros géneros como o Choro, estilo musical que no século XIX ao combinar danças de salão europeias com ritmos africanos, abriu caminho para o samba e outros ritmos populares de rua.
Entre compositores que embora anónimos deixaram a sua marca na história do samba e outros tantos que o estabeleceram e o levaram além-fronteiras, o espetáculo foi sempre de contemplação e celebração da autenticidade cultural brasileira.
Com interpretações plenas de sensibilidade e técnica, a Orquestra Sem Fronteiras conseguiu exemplarmente transmitir o calor, a cor e a expressividade cariocas, num espetáculo que combinou não só rigor artístico, mas muita emoção.