Ministro de Administração Interna visita projetos de combate e proteção contra incêndios

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O Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, esteve em Arganil, esta segunda-feira, para conhecer o projeto de proteção contra incêndios instalado em Travessas, na freguesia de Celavisa, e visitar as obras a decorrer no Centro Municipal de Proteção Civil de Arganil.

“Cinco anos, um mês e vinte dias após a maior tragédia de que há conhecimento nesta região, é hoje a primeira vez que temos a honra de receber um Ministro com a tutela da Proteção civil, ainda que os seus antecessores tenham circulado aqui perto pelo IC6, por isso registo com satisfação acrescida o facto de nos visitar”, começou por referir o presidente da Câmara Municipal durante a sessão que antecedeu a visita aos projetos e que teve lugar no salão nobre dos Paços do Concelho.

Referindo-se ao sistema que protege e aldeia de Travessas contra os fogos florestais, Luís Paulo Costa diz tratar-se de um projeto que “permite demonstrar que soluções simples podem ser grandes soluções da prevenção de incêndios”.

O projeto está em funcionamento há dois anos de meio e é composto por uma linha de aspersores de água que cobrem as zonas periféricas mais zonas expostas da aldeia, ao longo de uma faixa de 160 metros. O sistema é acionado pela população em situação de incêndio.

A pretensão do Município de Arganil é replicar a mesmo tecnologia e o mesmo tipo de solução para outras zonas do concelho, “desde logo ao nível da proteção da Área de Acolhimento Empresarial da Relvinha”, anunciou Luís Paulo Costa, adiantando que o projeto está pronto a ser lançado no mercado e que aguarda meios financeiros para avançar com a sua implementação.

O sistema de proteção contra incêndios rurais instalado na aldeia de Travessas foi desenvolvido pela Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAE) e pelo Instituo de Robótica, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da universidade de Coimbra, sob a liderança do professor Xavier Viegas. “Foi um elemento dinamizador e essencial para aqui estarmos hoje, e quero dirigir-lhe uma palavra de apreço por todo o trabalho que tem sido possível concretizar em matéria de Proteção civil e de prevenção”, referiu o presidente da Câmara.

Sublinhando a necessidade de se mantar um olhar atento sobre a floresta e o ordenamento do território, o Ministro da Administração Interna destacou “as importantes medidas que Arganil está a realizar”, referindo-se ao projeto “de investigação aplicada”, em Travessas, e a qualificação do Centro Municipal de Proteção Civil. “Trata-se de fazer o nosso sistema de gestão de fogos rurais evoluir, de identificar as melhores práticas e de partilhar, de forma sistémica, as ‘lições aprendidas’”.

A instalação do Centro Municipal de Proteção Civil envolve um investimento de 300 mil euros, com financiamentos dos Fundos de Coesão. “O que pretendemos é ficar mais robustecidos ao nível de equipamento e recursos tecnológicos, tendo em vista facilitar as funções da proteção civil”, explicou o presidente da Câmara. Além da remodelação e adaptação do edifício, a intervenção prevê a instalação de mobiliário sistema de comunicações e equipamentos que garantam autonomia energética em caso de necessidade.

O Ministro da Administração Interna lembrou que “todas as previsões climáticas e meteorológicas apontam para um 2023 e um 2024 ainda mais exigentes” do que 2022, alertando para a necessidade de se trabalhe na prevenção. “Sabemos que também aqui, em Arganil, com o apoio da Câmara Municipal e das Associações Humanitárias de Bombeiros de Arganil e de Côja iremos chegar ao verão preparados para os desafios que se nos colocam”.

Descentralização de competências motiva apelo

Durante a sua intervenção, o presidente da Câmara solicitou, anda, a José Luís Carneiro especial atenção para a descentralização de competências para os municípios, em particular para os que, como Arganil, integram os territórios de baixa densidade demográfica.

“Corremos o risco, nesta área, de receber competências sem termos capacidade para as assegurar, e era muito importante que, para além da condição financeira, existisse um processo e capacitação dos territórios para estarem habilitados a receber as novas competências”.