Soberba exibição de arte na Cerâmica Arganilense: "porquê?” de ZAUG

  • Exposição de pintura – “porquê?” de ZAUG

  • Exposição de pintura – “porquê?” de ZAUG

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  • Exposição de pintura – “porquê?” de ZAUG

  • Exposição de pintura – “porquê?” de ZAUG

  • Exposição de pintura – “porquê?” de ZAUG

 

“Não há limites para o que podemos atingir quando usamos o poder da imaginação e do subconsciente”, pronunciou Dr. Pedro Alves, convidado a abrir a sessão de inauguração da exposição de pintura – “porquê?” de ZAUG. Esta decorreu no passado dia 5 de Setembro no Multiusos da Cerâmica Arganilense e encontra-se patente ao público até ao dia 20 deste mês, entre as 11h e as 19h. Integrada no programa da XXXII FICABeira, foi inaugurada após a Sessão Solene de Abertura deste certame, realizada no Auditório do complexo.

ZAUG, nome com que se apresenta enquanto artista, é o heterónimo para José Augusto Coimbra, figura bem conhecida de Arganil, que embora não sendo seu descendente, há muitos anos a adoptou como sua. O seu percurso enquanto pintor, não é longo mas é marcante. Fez-se pintor, não aprendeu. Não quis aprender, porque como proferiu no seu discurso “ensinar pintura é absurdo (…) aprender por si próprio já não é”. Embora afirme que o seu ofício não é pintar, foi este o caminho que defrontou para se perfazer enquanto homem, para se aperfeiçoar a si próprio. Porém, dizer-se que a pintura é um hobby ou uma segunda ocupação, corre o risco de tornar-se redutor à imponência e particularidade de cada uma das obras, pode parecer demasiado naif, quando o seu traço é de mestre.

O espaço Multiusos, de imponência e pulcritude característica, vestiu-se de um contraste de cores inigualável e ficou mais rico. Uma simbiose perfeita, um enquadramento sumptuoso, daquele que dinheiro algum pode comprar. De vazio passou a habitado pelos mais sublimes inquilinos e assim que as portas se abriram, passou a repleto. Repleto de amigos, de familiares, de conterrâneos, de apreciadores, que no dia da ansiosamente esperada exibição, comungaram no mesmo espaço, numa harmonia inquietante.

Num total de 61 obras, distribuem-se pelas colecções particulares: “Retratos e não só”; “Nós Bichos”; “Eros Bichos”; “Crise” e “Rostos da República”.

Dos inúmeros ofícios ou ocupações que podem definir José Augusto Coimbra, pintor é sem dúvida uma delas, médico também. Ambas desempenhadas com excepcionais aptidões e perícia. É por isso que, José Augusto Coimbra é de Arganil e é um pintor… que também é médico.

Porquê? Porque tardou. Porque não é digno de esconder a sumptuosidade de tal arte, da nobreza das obras que devemos conhecer, seria até egoísmo.