Câmara de Arganil celebra protocolo de «Gestão da Bacia Hidrográfica do Rio Ceira face às Alterações Climáticas»

Luís Paulo Costa, presidente da Câmara Municipal de Arganil, procedeu à assinatura do contrato do projeto “Gestão da Bacia Hidrográfica do Rio Ceira face às Alterações Climáticas”, no passado dia 18 de dezembro, em sessão decorrida na sede da Administração da Região Hidrográfica do Centro, em Coimbra.

O projeto, que tem a duração de três anos e compreende um investimento de 2,6 milhões de euros, suportado pelo EEA Grants 2014-2020, mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu, tem como entidade coordenadora a Região Hidrográfica do Centro, da Agência Portuguesa do Ambiente, e como parceiros, além de Arganil, os municípios de Góis, Lousã e Pampilhosa da Serra. Estão abrangidos pela intervenção 120 quilómetros lineares do rio Ceira, que nasce na Serra do Açor, perto da aldeia do Piódão, e desagua no Mondego a montante de Coimbra.

Baseado numa abordagem ambiental inovadora, o projeto visa consciencializar as populações locais para a mitigação e adaptação das suas atividades às alterações climáticas, encontrando soluções naturais para regularizar o caudal do rio Ceira, por forma a reduzir a probabilidade de ocorrência de cheias.

De acordo com o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, que presidiu à cerimónia de assinatura do protocolo, o objetivo é ter “um rio vivo, que corre naturalmente no seu leito mas que tem os travões certos quando a água vem em maiores quantidades”.

Luís Paulo Costa aponta a importância da intervenção, realçando a componente de prevenção e proteção que lhe está associada. “Com a implementação deste projeto, assente em soluções de engenharia natural, as povoações, praias fluviais e zonas de lazer concentradas ao longo do Rio Ceira vão ver aumentada a sua resiliência e capacidade de resposta face às consequências das alterações climáticas”.

Na sessão de assinatura do protocolo e de apresentação do projeto estiveram também presentes os presidentes das Câmaras Municipais de Góis, Lurdes Castanheira, da Lousã, Luís Antunes, da Pampilhosa da Serra, José Brito, bem como o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o presidente da Universidade do Porto, João Falcão e Cunha, e a diretora norueguesa para a Proteção Civil, Cecilie Daae.